Vínhamos
nos preparando para a sua chegada desde o comecinho dessa segunda
gravidez, que descobrimos no início de julho, logo depois da nossa
mudança para o apartamento da rua Fullum. Ficamos felizes em ser aceitos
para ter o acompanhamento das parteiras do CSSS Jeanne-Mance, garantia
de um parto natural e com muito respeito, além de consultas
humanas e demoradas nas quais conversávamos muito, o que transmitia para
nós, pais, muita segurança. Optamos por um parto domiciliar e assim
foi. A gravidez correu tranquila. A Lise, nossa querida Doula, vinha nos
ver uma vez por mês aos domingos. Seu irmão Gael, nessas ocasiões, ia
passear à tarde na casa da vovó enquanto eu e ela conversávamos sobre a
sua chegada: o que eu sonhava sobre você a noite, meus medos, minhas
vontades e desejos. No final de cada encontro, Lise me fazia uma
massagem e, depois de bem relaxada, fazíamos uma meditação de
hypnobirthing. Depois, era a vez do Papai ser massageado, enquanto eu
aproveitava para tomar um banho bem relaxante. Em seguida, íamos buscar o
Gael na casa da sua avó.
Os
meses passaram e nós duas estávamos ótimas. Você crescendo direitinho,
eu engordando e trabalhando feliz com os meus alunos. Tive uma turma
ótima nesse ano letivo de 2014-2015, tanto é que não quis parar de
trabalhar… Até que um susto (um acidente de carro que me tirou da
estrada e me jogou em plena neve) me fez parar de trabalhar poucas semanas depois.
No
finalzinho da gravidez, comecei a fazer acupuntura, para preparar meu
corpo para o parto. Saía de lá sempre bem e relaxada. As consultas com
as parteiras agora eram semanais.