"É
tão difícil e tão emocionante começar a escrever sobre o dia mais
trasformador da minha vida! Não existe sensação melhor do que a do dever
cumprido, e é assim que estou me sentindo. Vamos ao relato. ☺️☺️
Na madrugada de sexta 01/08 p sábado 02/08 comecei
a sentir coliquinhas, mas não tinha a mínima ideia do q se tratava.
Pela manhã as "cólicas" começaram a ficar mais fortes e a vir de 40 em
40 minutos. Foi nesse momento q tive certeza de que eram contrações,
nunca senti uma cólica tão forte como aquela,
então eram as tão esperadas contrações. Passei o dia deitada e tentando
descansar, dormi um pouco a tarde e comi normalmente. As contrações
vinham de 40 em 40 minutos, depois de 30 em 30 e depois sumiam. De
sábado p domingo não dormi de madrugada (coisa que já estava acontecendo
nós últimos dias) fui dormir pela manhã com as contrações ainda com o
mesmo espaçamento. Cheguei a pensar que talvez fossem as contrações de
treinamento, já que eu não tinha tido nenhuma até então. Consegui ir ao
mercado, comi normalmente e as contrações continuavam fracas e espaçadas. Na madrugada de domingo para segunda, às 4:00 da
manhã senti uma contração absurda, forte, daquelas de ter q se esticar
toda... Passou! Vieram mais 3... Passou! Marquei o tempo... 30 minutos
mais ou menos. Fui deitar p tentar dormir, pior coisa q fiz! A dor
aumentou cada vez mais, tive q sair da cama e entrei no chuveiro,
resolvi não avisar meu marido pq precisaria dele descansado durante o
trabalho de parto! Enquanto ele dormia, fiquei 1 hora embaixo d'água...
Que alivio! A dor caiu pela metade! Ok é aqui que vou ficar.
Passou mais uns 30 minutos e lá vem a dor de novo! Ok não aguento mais ficar na água. Enquanto meu marido foi resolver as coisas do trabalho pelo celular eu fui terminar de empacotar os produtos que tinha que enviar do @gravidinhah. SIM EU EMBALEI PRODUTOS TENDO CONTRAÇÕES. Rss foi horrível, mas eu precisava terminar. Embalava um, ficava de 4 e esperava a contração passar, embalava outro e ficava de cócoras p aguentar a dor! Em 1 hora terminei tudo e voltei p banho, ficar fora da água já era insuportável! Resolvemos ligar p nossa Doula, eu tinha uma consulta marcada com ela p esse mesmo dia, ligamos p avisar que eu já estava sentindo as contrações. Ela pediu p tentar comer, monitorar e retornar a ligação em 1 hora. Meu marido teve q me levar um sanduíche dentro do chuveiro, eu n tinha mais forças p sair de lá. Em uma hora as contrações chegavam de 5 em 5, 6 em 6 e oscilava, a doula achou melhor irmos p ksa dela e continuar o trabalho de parto lá, já que era mais próximo ao hospital. Clarooooo o marido não tinha arrumado a mala tão pouco as câmeras. Enquanto ele arrumava tudo eu continuei
Passou mais uns 30 minutos e lá vem a dor de novo! Ok não aguento mais ficar na água. Enquanto meu marido foi resolver as coisas do trabalho pelo celular eu fui terminar de empacotar os produtos que tinha que enviar do @gravidinhah. SIM EU EMBALEI PRODUTOS TENDO CONTRAÇÕES. Rss foi horrível, mas eu precisava terminar. Embalava um, ficava de 4 e esperava a contração passar, embalava outro e ficava de cócoras p aguentar a dor! Em 1 hora terminei tudo e voltei p banho, ficar fora da água já era insuportável! Resolvemos ligar p nossa Doula, eu tinha uma consulta marcada com ela p esse mesmo dia, ligamos p avisar que eu já estava sentindo as contrações. Ela pediu p tentar comer, monitorar e retornar a ligação em 1 hora. Meu marido teve q me levar um sanduíche dentro do chuveiro, eu n tinha mais forças p sair de lá. Em uma hora as contrações chegavam de 5 em 5, 6 em 6 e oscilava, a doula achou melhor irmos p ksa dela e continuar o trabalho de parto lá, já que era mais próximo ao hospital. Clarooooo o marido não tinha arrumado a mala tão pouco as câmeras. Enquanto ele arrumava tudo eu continuei
no
chuveiro, sentada no chão, só suportando a dor. (Que agora sei que eram
cócegas perto do q estava por vir) kkkkk. Saímos de casa perto das 14
horas, fiz meu marido passar nos correios despachar as encomendas. Kkkk
Sim,
eu sou doida! Chegamos na doula perto das 15hs. Lá ela tem um espaço
para as Gravidinhas, com música, velas e massagens. Fiquei nesse
cantinho tentando relaxar até às 20hs, quando as contrações se tornaram
ritmadas e fortíssimas! A doula ficava do meu lado, trazendo suco,
chocolate, bolo... Tudo p me manter forte durante o trabalho de parto. O
marido sempre comigo, fazendo massagens e avisando a família que talvez
nascesse ainda na segunda-feira. Cheguei no estágio de gritar de dor,
isso significava que estava na hora de irmos p hospital! 4 km de
trânsito, buracos e contrações! Tensooo. Passei pelos procedimentos de
entrada no hospital! Iuhuuuu 6 cm de dilatação, isso às 8 da noite.
A partir deste momento, não tenho mais certeza de tempo, pessoas ou
palavras. Minha mente se libertou e não faço ideia da seqüência dos
acontecimentos. Fomos p uma sala de pré parto, a sala humanizada que
tanto desejei estava interditada! Um absurdo!!! Mas depois falo sobre
isso. Entrei no chuveiro e não sai de lá por nada. As dores foram
aumentando e ganhando muita
Intensidade.
A doula continuava no quarto porém me deixou sozinha com o marido no
banheiro, só nós dois, luz apagada... Ele sentado, só me observando. A
água quente me ajudava, mas a dor me surpreendeu, ooohhhh se
surpreendeu! A obstetriz chegou, minha GO estava em outro parto e ela
veio para me acompanhar até a médica chegar. Mais um toque, 8cm de
dilatação! Vamos q vamos que ainda pode nascer hj!!!! Força Dani, faz
força. Grita... Grita com muita força! Sente seu filho. Puta q o pariu
que dor do cão é essa? Socorroo! Ok! Senta no chão. Não não dá! Fica em
pé. Ardiaaaa, fica de 4, nossa eu não acho posição!!!! Odiei a bola,
odiei mesmo. O jeito foi ficar variando de posição, tentava ficar em pé e
ao vir a contração me abaixava com tudo e fazia uma força que n sei de
onde vinha. Isso durou mais ou menos, 4 horas. Foram as horas mais
reveladoras, as que me transformaram, as que me mostraram que não basta
querer, vc tem que lutar muito p ser mãe. Essas horas me mostraram o
quanto sou forte, elas criaram a Mãe do Antonio, me mostraram que não há
nada no mundo que eu não possa conseguir! Exatamente nada. Saía do meu
corpo por instantes, as vezes sentava no chão e amolecia, talvez dormia,
não sei... pensava em desistir, não... Vamos de novo! Levantava e
agüentava mais um punhado de contrações. Meu marido não saiu 1 minuto se
quer do meu lado, pelo contrário. No meio do parto ativo, descobrimos
que se ele apertasse meu quadril, aliviava a dor e, por isso, ele não
conseguiu mais sair do meu lado, em todas as contrações gritava por ele e
ele vinha. Entrou no chuveiro comigo, de roupa e tudo! Me apoiou do
começo ao fim. Me incentivou a pensar positivo, a pensar no nosso filho e
me lembrava a todo instante o quanto eu esperei p sentir essa dor.
Minha médica chegou! Graças a Deus, já estava pensando que não daria
tempo! (Tolinha, passei mais 3 horas em trabalho de parto) Cheguei aos
9cm de dilatação, isso já era perto de 11 da noite. Uauuuu 9cm p
mim era vitória, quantas mulheres ouvi dizer q n conseguiram parto
normal pq não dilataram! Eu consegui, eu esperei, eu sofri! Cheguei aos
9. Falta só um... Vamos lá! Dor... Muita dor. Uma dor que eu se quer sei
descrever. Coisa de dentro, que envolve sentimento, envolve amor,
envolve paixão, uma história vivida por duas pessoas que agora gerou um
ser! Um ser amado e esperado que está lutando p nascer. Vem filho!!!
Puta q o pariu que dor é essa!!!! Meu deus, meu filho deve ter uns 5kg
só pode. Foco, foca Dani. Eu já não comia há horas, não dormia há 3
noites, meu corpo estava exausto e começou a se entregar, comecei a
gritar que não agüentava mais, não conseguia chorar, não conseguia
falar, apenas gritar! Fiz um escândalo, mas afinal, o que seria de um
parto natural sem os gritos?
minhas pernas começaram a tremer e desmoronei, sentei no chão e me
entreguei. Fraca, sem forças, no escuro e meu marido do lado. Só
falei... Não to agüentando mais. Meu marido cumpriu o papel dele, amor
vc já ta no fim, fica forte, toma suco, quer chocolate? E eu jogada no
canto do banheiro, acabada! Não sei o que houve, as contrações
diminuíram, começaram uns burburinhos do lado de fora do banheiro,
falavam entre si e nada p mim! Comecei a ficar tensa, já pensou se o
trabalho de parto para? Deus q me livre! To qse morrendo, ele precisa
nascerrrrrr. Amor? O que elas estão falando? Nada amor, relaxa! Amor
fala sério! Elas estão preocupadas? Estão amor, talvez vc ficando aí seu
trabalho de parto não engrene! Vc precisa fazer força. Ok! Respirei
fundo e levantei, uma contração arrebatadora veio de uma vez. Gritei
feito louca, eu queria aquilo... Eu planejei aquilo, filho por favor...
Vem!!!! Vieram mais umas 5 contrações. Escutei alguém falando, "agora
vai" mas minhas pernas já não aguentavam mais, minhas mãos tremiam e o
medo começou a me pegar, comecei a falar repetidamente que não
conseguiria, que não aguentava mais aquela dor. Eu tinha combinado
comigo mesma que não pediria anestesia, combinei com meu marido que ele
negaria se eu pedisse, eu se quer contratei um anestesista. Mas só que
passa pelo parto natural sabe onde nossa cabeça vai parar. Eu já estava
esgotada, fiz de tudo p aguentar, mas já estava fraca de tanto suportar a
dor. Pedi para chamarem minha médica, foi o momento mais difícil p mim,
a palavra anestesia saiu da minha boca, perguntei o que aconteceria se
eu tomasse a anestesia. Graças a Deus que troquei de médico no meio da
gestação, nessa hora eu tive a certeza que fiz a escolha certa! Ela me
olhou e falou calmamente, antes de falarmos sobre anestesia, vamos
tentar uma coisa? Vc vai sentar na banqueta, vou fazer o toque em vc e
quando a contração vier, vc vai empurrar como nunca empurrou antes,
vamos tentar? Eu, no auge da minha dor apenas balancei a cabeça
concordando, o que mais eu poderia sentir além daquilo? Sentei, assim
que ela fez o toque a contração veio, só consegui falar... Ta doendo
muito, e ela respondeu, vai! Agora!! Empurra!!!! E empurrei. Empurrei
com todas as minhas forças, com todos os meus sentimentos, com todos os
meus medos e com todo meu empenho por aquele parto. Hoje, 7 dias depois,
já não consigo mais descrever a dor. Sei que foi reveladora, mas já n
lembro da dor física! Ao empurrar entrei em êxtase, sai de mim. Minha
médica apenas sussurrou... Pronto! Dilatação total. (Depois ela me
contou que ajudou a cabeça do Antonio a passar pela minha pelve, como se
puxasse com os dedos) E me perguntou se queria encostar no meu filho. Eu n estava mais ali... Ela continuou
falando, segue meus dedos... E fiz isso. Coloquei meus dedos sobre os
dela e deslizei até chegar ao meu filho, senti a cabeça dele dentro de
mim. Neste momento tudo veio a tona, todo o choro preso, toda a coragem
que estava tentando ir embora, toda a vontade de ver meu filho. Só
perguntei, é ele? E ela balançando a cabeça disse sim, é ele! A partir
deste momento entrei no período expulsivo, a Dra. continuou a sussurrar,
Dani, agora nós precisamos ir p uma outra sala pq ele vai nascer e não
pode nascer aqui. Eu só estava sendo conduzida, meu corpo estava
trabalhando sozinho, eu já n comandava mais as contrações tão pouco a
vontade de empurrar. Fui andando até a outra sala, sim! Eu aguentei!!! E
no meio do caminho veio a vontade de empurrar, mas empurrar muito! Ok,
passou... Continua andando. Ao chegar na sala, todos corriam, muita
pressa, um colocava lençol no chão, a outra trazia a banqueta, o pai
colocava a câmera presa na cabeça para filmar e eu me apoiava numa maca e
empurrava! Sentei na banqueta e senti uma vontade louca de empurrar,
elas me guiavam em como devia empurrar, mas sinceramente, eu n escutava
uma palavra! A dor não diminuiu depois da dilatação total, ela apenas
mudou. Era uma dor diferente porém com a mesma proporção. Eu já não
aguentava mais sentir dor e lembro de ter pensado, vou fazer nascer
agora, dane-se períneo. Se lacerar eu costuro e fim! E empurrei! Fiz
força, prendi a respiração e fiz uma nova força em cima da primeira,
senti o círculo de fogo... LOUCURA!!! Vida! Meu Deus, eu consegui. Sou
leoa. Agora vai!!! Meu marido estava agachado na minha frente, junto com
a médica. De repente começo a escutar, vai amor! Força, eu to vendo
ele, eu to vendo a cabeça dele, vai amor! Ele vai nascer. Nessa hora a
mãe do Antonio resolveu aparecer e comandar meu corpo. Não parei de
fazer força até a cabeça dele sair, Meu Deus, saiu, ele está aqui! Eu to
vendo ele, senti a cabeça dele, quanto cabelo.
Dani, na próxima contração vc vai empurrar e ele vai sair, vai com
calma. CALMA? Não teve p calma, eu sabia que poderia me machucar, mas
não me importei. Precisava ter meu filho comigo. Empurrei ele de uma
vez, só deu tempo de o pai colocar a mão embaixo de mim para segura-lo.
Nesse momento eu estava completamente ocitocinada! Olhava fixo para meu
filho sem reação alguma, o pai aos prantos com o filho nas mãos. Todos
saíram do meu campo de visão, só vejo meu filho e o pai, Antonio veio
diretamente p meu colo, todo ensanguentado e chorando! Ali ficou durante
2 horas, sem nenhuma intervenção desnecessária, sem ninguém encostar
nele. Só eu e o pai! Nossa família. Nosso pilar! Vi minha placenta
perfeita, o pai cortou o cordão após ele parar de pulsar e chorou. Ver
meu marido, que n chora nunca, chorar feito criança foi emocionante. Ver
o que um filho é capaz de fazer por um casal é assustador de bom. Ver a
felicidade do meu marido em ter participado ativamente e
indispensavelmente do meu trabalho de parto é revigorante para qualquer
relacionamento. Dia 05/08/14 às
01:08 eu renasci, descobri que querer é pouco e que passar por um parto
natural é atingir o ápice da vida de uma mulher!!!
Prazer, sou Daniela
Kalsovik e meu filho nasceu num parto natural transformador."
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